30 de julho de 2020 - Prof. Dr. Plínio Thomaz Aquino - Centro Universitário FEI
A HERA (Home Environment Robot Assistant) é a terceira geração de robôs de serviço desenvolvida na FEI, que opera de maneira autônoma e inteligente em ambiente residencial, interagindo com pessoas, objetos e equipamentos, e pode ser utilizada para assistência. Na casa de um idoso, por exemplo, a HERA tem capacidade de monitorar o deslocamento do morador e, em caso de queda ou acidente, faz perguntas para detectar a reação do indivíduo. Se identicar que o caso foi grave, a robô ligará para a emergência e para o médico previamente cadastrado.
O professor doutor Plinio Thomaz Aquino Junior, coordenador do Departamento de Ciência da Computação da FEI e do projeto @Home que, atualmente, pesquisa a possibilidade de observação do comportamento da saúde do idoso. Ele explica que a intenção é que a robô faça o reconhecimento de padrões para o monitoramento de hidratação, ingestão de medicamentos e frequência de uso do banheiro ao longo do dia. “Também estamos trabalhando no reconhecimento das reações humanas, para que a robô possa causar mais empatia, além do desenvolvimento de mais um manipulador, para que tenha dois braços”, adianta.
A HERA tem características de humanoide pela feição, mas a ideia não é reproduzir um ser humano, mas um robô que tenha algumas características ergonômicas para as funcionalidades que vai exercer dentro do ambiente, seja uma casa ou um hospital.
Atualmente, a robô faz primeiro o reconhecimento e, depois, a manipulação, porém, sem precisão ou retorno de força. E um dos principais desafios tecnológicos na robótica de serviço é exatamente o reconhecimento do objeto integrado com a manipulação.
Para isso, além de toda estrutura física, sensorial e computacional, são as técnicas de algoritmos de inteligência artificial, aprendizado de máquina e redes neurais artificiais que permitirão o reconhecimento do ambiente e a interação com o indivíduo, assim como a tomada de decisão. “Para mim, o que define um robô é a funcionalidade para a qual está sendo construído. Não vejo necessidade de um humanoide na indústria, mas, para se relacionar e cuidar de pessoas, acredito que terá de ter um pouco da aparência humana, em virtude da interatividade”, ressalta o professor doutor Reinaldo Augusto da Costa Bianchi, do Departamento de Engenharia Elétrica da FEI, responsável pela equipe RoboFEI e que trabalha no desenvolvimento de um robô humanoide para jogar futebol de forma autônoma.
A expectativa é chegar a uma versão de tamanho adulto – 1,60m – que, além da atividade esportiva, possa desempenhar outras funções no futuro, como serviços domésticos.
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