C
onsiderada uma das áreas mais abrangentes, a Engenharia Elétrica está presente em praticamente tudo o que fazemos em nosso dia a dia. Engloba desde sistemas de potência, geração de energia (inclusive as novas alternativas renováveis), eletrônica, telecomunicações, conversão eletromecânica de energia (tração elétrica de veículos), até engenharia biomédica, sistemas digitais e computadores, controle e servomecanismos, automação e robótica. O engenheiro eletricista é um profissional versátil, que tem formação pluri e transdisciplinar. Pode trabalhar tanto em sistemas nano eletrônicos, projetando chips de processadores, quanto projetando grandes centrais de geração de energia.

Já durante o curso, o futuro engenheiro já é conectado ao exercício prático da sua profissão, elaborando projetos voltados para as megatendências como: saúde, meio ambiente, internet das coisas, agricultura, automação e transporte.

As próximas décadas apresentarão grandes desafios ao setor energético brasileiro, que já se encontra no limite da geração hidroelétrica instalada (cerca de 160.000 MW) e só não ficou sobrecarregado porque a crise econômica limitou o crescimento do consumo de energia. Com a retomada do desenvolvimento, novas soluções de produção deverão surgir.

Ao mesmo tempo, novas demandas aparecem a cada dia, como os veículos elétricos, que serão a realidade mundial em mobilidade urbana. Esses fatos levarão a um grande esforço da engenharia, demandando muitos engenheiros da área. Como os sistemas de geração, transmissão e distribuição de energia brasileiros são muito diversos e particulares, as soluções deverão surgir no cenário nacional, o que favorece o mercado de trabalho local na área. Vale lembrar da crise do “apagão”, ocorrida no Brasil, que entre julho de 2001 e fevereiro de 2002. Naquela época, devido à escassez de engenheiros eletricistas, o país convocou profissionais de vários outros países, mas eles puderam contribuir muito pouco, dada a complexidade e particularidade dos sistemas que encontraram aqui.

A computação e as telecomunicações são setores que também contextualizarão o trabalho da engenharia elétrica nos próximos anos, pois exigem a criação de hardwares de computadores e dispositivos cada vez mais potentes. Praticamente todas as áreas de dedicação humanas exigem recursos crescentes de computação, para softwares com maior complexidade e comunicação em tempo real. Também os sistemas de controle e supervisão eletrônicos serão mais demandados no futuro próximo, o que trará oportunidades na carreira.

Um setor que também demanda engenheiros eletricistas é o mercado financeiro, principalmente em fintechs e setores estratégicos de grandes corporações, o que pode parecer surpreendente em um primeiro momento. O fato pode ser compreendido, observando-se que é o setor que mais tem exigido formação em matemática, programação e modelagem de sistemas, disciplinas amplamente abordadas no curso de engenharia elétrica.

Seja atuando em grandes sistemas de energia, em dispositivos eletrônicos nanométricos, em redes de computadores ou no mercado financeiro, reconhece-se o engenheiro eletricista/eletrônico como um profissional valorizado e indispensável no futuro.






Quer continuar atualizado sobre a Engenharia do Futuro?

Deixe abaixo seu melhor e-mail e receba as tendências de futuro.