Inteligência Artificial: ameaça ou oportunidade para o ser humano?

Respostas a essa e outras questões foram debatidas por renomados especialistas em um congresso, realizado no final de 2019 no Centro Universitário FEI.

03 de agosto de 2020 - Centro Universitário FEI

A Inteligência Artificial já faz parte das nossas vidas e está em constante evolução. Seu rápido desenvolvimento, porém, provoca questionamentos sobre o futuro dos empregos, do aprendizado e até mesmo da locomoção. Estes foram um dos questionamentos abordados no Congresso FEI de Inovação e Megatendências 2050, realizado no final de 2019 e que teve como tema “Inteligência Artificial e o SER do Humano – Complementariedade ou Competitividade para Aprender, Inovar e Viver?”

Convidado para a abertura dos painéis de discussões, o brigadeiro Maurício Pazini Brandão, Secretário de Tecnologias Aplicadas do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, disse que o ser humano nasceu para brilhar, não para sofrer. “Todas as evoluções tecnológicas ocorreram para que pudéssemos ser mais produtivos, facilitando processos de trabalho e melhorando nossa qualidade de vida”, explicou Brandão.

Maurício Pazini Brandão

Maurício Pazini Brandão - Secretário de Tecnologias Aplicadas do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

Complementando o raciocínio do brigadeiro, Tony Martins, General Manager da IBM Brasil, acredita que os humanos serão cada vez mais humanos porque a tecnologia poderá fazer os trabalhos mais árduos de forma rápida e eficaz. “A Inteligência Artificial não substituirá o trabalho humano, mas criará novos mercados, produtos e serviços”, informa. A afirmação dele vai ao encontro do que atesta a pesquisa realizada pela PwC, e apresentada pelo profissional, que mostrou que a I.A. poderá contribuir em mais de US$ 15,7 trilhões para a economia global até 2030.

Adriana Aroulho, COO da SAP Brasil, também palestrou no primeiro dia do Congresso e frisou que, com o avanço da Inteligência Artificial, é importante que as empresas foquem nas experiências que oferecem aos consumidores. Já João Hermann, Head of Corporate Strategy da Volkswagen Caminhões e Ônibus, e Besaliel Botelho, presidente e CEO da Bosch L.A., focaram seus discursos no futuro da mobilidade. “A tendência é que o aprendizado de máquinas evolua até o ponto em que o trânsito se torne mais eficiente, com redução de acidentes e otimizando o tempo dos passageiros. Desta forma, o carro vai se tornar uma segunda sala de estar”, diz Botelho.

Sergio Novaes, líder do Advanced Institute for Artificial Intelligence (AI2), e César Gaitan, presidente da Festo Brasil, se uniram a Hermann e Botelho em um painel mediado pelo jornalista Carlos Tramontina, no qual foi debatido se as pessoas estão preparadas para as mudanças que serão provocadas pelo avanço da I.A..


O doutor Gustavo Meirelles, gestor médico de Radiologia, Estratégia e Inovação do Grupo Fleury, abordou em sua palestra os avanços da tecnologia na medicina e o quanto os recursos tecnológicos já auxiliam os profissionais da saúde a terem diagnósticos ainda mais precisos. O profissional ainda reforçou que, com o avanço da I.A., os médicos poderão se dedicar mais ao paciente e menos às atividades repetitivas e burocráticas.

Já Roberto Rodrigues, Coordenador do Centro de Agronegócios da FGV-EESP, reforçou a importância do agronegócio para a economia brasileira. Ao término do dia, foram promovidas diferentes rodas de conversas entre estudantes do Centro Universitário FEI e gestores ou líderes de empresas referências em suas áreas de atuação, como John Deere, Santander e Siemens. Essas atividades tiveram o propósito de aproximar os alunos dos profissionais que estão no mercado de trabalho e vivem essas transformações no dia a dia.

Plataforma de Inovação

Os congressos FEI de Inovação e Megatendências 2050 são parte de um amplo projeto denominado Plataforma de Inovação FEI, cujos objetivos incluem preparar professores, alunos e administração a participarem do debate das grandes questões do amanhã com a sociedade civil, empresarial e pública, para, com isso, desenvolver a sensibilidade e visão de como poderá ser o futuro no qual devam estar inseridos, não como observadores, mas participantes ativos e protagonistas destas mudanças.




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