O engenheiro mecânico é considerado o mais versátil dos engenheiros. Apto a desenvolver, projetar e supervisionar a produção de máquinas, equipamentos, veículos, sistemas de aquecimento e ferramentas específicas da indústria mecânica, entre outros sistemas que envolvam movimento ou conversão de energia, é um profissional motivado a contribuir para o avanço e bem-estar da sociedade por meio da tecnologia.
Engana-se quem acha que a Engenharia Mecânica não tem lugar no futuro. O famoso economista Jeffrey Sachs, professor de desenvolvimento sustentável da Universidade Columbia, pondera que o futuro do mundo depende dos engenheiros porque serão eles os responsáveis por resolver os grandes problemas e desafios que afligem a humanidade. Engenheiros mecânicos serão essenciais no desenvolvimento de tecnologia para mitigação das causas e dos efeitos do aquecimento global, para acesso à água limpa, para geração econômica de energia limpa e renovável, para resolução dos problemas de mobilidade urbana.
O engenheiro mecânico desempenhará este papel em um contexto de intensas transformações tecnológicas, econômicas e sociais proporcionadas pela revolução digital. Citando como exemplo a evolução do setor automotivo, as inovações recentes e tendências que envolvem conectividade embarcada, veículos híbridos, elétricos, autônomos, novos materiais e técnicas de fabricação, além do rápido fortalecimento da economia compartilhada que se expande rapidamente a outros modais elétricos de mobilidade urbana como patinetes e bicicletas.
A atuação neste ambiente dinâmico e mutável demanda um perfil de engenheiro que combine uma sólida formação técnico-científica com competências comportamentais e profissionais que lhe proporcionem maior grau de autonomia, criatividade e capacidade de aprendizado e adaptação às circunstâncias. Este perfil do engenheiro é ainda mais importante no caso do Brasil, que ocupou em 2019 o 66º lugar entre 129 países no Índice Global de Inovação (IGI), desempenho em parte atribuído às deficiências em pesquisa e formação de profissionais em Ciências e Engenharia.
Esta necessidade de maior competitividade, especialmente na indústria em um contexto de rápida disseminação de novas tecnologias, e a demanda por um novo perfil do engenheiro pautaram a elaboração de novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) dos cursos de Engenharia em 2019, com participação de representações do governo, dos órgãos de classe, da academia e da Confederação Nacional das Indústrias (CNI). Em reposta a este movimento, novos projetos pedagógicos passaram a vigorar em instituições de ensino superior como a FEI, valorizando de forma central o desenvolvimento das competências, tanto técnico-científicas como comportamentais, em um contexto de domínio do processo inovador e com alinhamento a uma agenda de futuro pautada pelas grandes tendências das próximas décadas.
É este engenheiro mecânico – detentor de domínio nos fundamentos, autônomo, criativo, ético, ciente de seu papel na sociedade – que deverá alavancar o desenvolvimento econômico e social do Brasil e a resolução dos grandes desafios globais.
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