Contextualização

O transporte rodoviário de carga tornou-se de importância incontestável ao longo dos anos e do desenvolvimento do país como nação. De acordo com estudos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), análises feitas entre 2010 e 2017 concluiu-se que este possui uma relação de 1,4 ponto percentual (P.P) do Produto Interno Bruto (PIB) e que o impacto causado na economia por este setor chega ser em torno de 29%.

No Brasil, cerca de 75% da logística das mercadorias são realizadas por transportes rodoviários, cuja concentração de transporte de cargas está entre as principais economias mundiais. Essa porcentagem alta quando comparada a outros países é devido a estratégia que o Brasil tomou no século XX, privilegiando as rodovias como alternativa para transporte de cargas com objetivo de integrar o território brasileiro e industrializar o país com base na formação de polos automobilísticos.

Neste contexto, pode-se verificar a importância de sua atuação, não somente por gerar a interligação entre os mercados produtores e consumidores, mas como responsável por não deixar o país parar por falta de insumos básicos de sobrevivência.

Visto sua importância, ao longo dos anos mostrou-se imprescindível melhorar a segurança dos veículos no geral. Junto disso, com a necessidade de torná-los mais confortáveis e seguros foram implementados diversos recursos como: Ar condicionado; direção; ABS; Airbag; Conjunto de powertrain mais potente; Etc. Com essa abordagem, os veículos aumentaram de peso, e influenciou em diversas situações como: deterioração das vias; aumento do consumo de combustível; aumento do desgaste de componentes do veículo; aumento de emissão de poluentes e aumento do custo logístico.

Escopo e Clientes

O projeto visa atender empresas de setores logísticos e montadoras de implementos rodoviários interessadas.

Propósito do projeto

Os implementos rodoviários aumentaram em peso bruto total e com isso perdeu-se capacidade de transporte de cargas, ou seja, para carregar a mesma quantidade de mercadorias foi necessário aumentar a frota de veículos rodando. Com isso, diversos fatores contribuíram para o aumento do custo logístico, pois com mais veículos rodando gasta-se mais com combustível, com manutenções preventivas e o desgaste dos componentes do trem de força se tornam maiores, além de que as emissões de poluentes também aumentam.

Para tentar moderar o encarecimento do custo logístico, foi proposto um tema de desenvolvimento de uma estrutura com peso reduzido, mantendo as características de resistência mecânica e respeitando a legislação imposta.

Benefícios

Os motivos que movem este estudo são:

a) Redução de combustível: - Pode-se dizer que ao aumentar o peso do veículo como um todo, necessitará de mais força e potência do motor para realizar manobras, como sair da inércia, desenvolver rápidas acelerações e velocidades, e em comparação, o veículo mais pesado força mais o conjunto de trem de força demandando maior quantidade de combustível do que um veículo de mesmo porte porém mais leve;

b) A redução de 10% no peso do veículo resulta em uma economia de combustível de até 7%, portanto faz-se interessante atingir o objetivo

c) Menor emissão de CO2 – Com veículos mais leves e menor demanda de combustível haverá uma diminuição das emissões de gases poluentes.

d) Diminui o desgaste dos elementos veiculares (Trem de potência, pneus) – Como citado anteriormente, o trem de potência será menos exigido, e isso poupará o desgaste excessivo do conjunto. O mesmo raciocínio segue para os pneus, conjunto de frenagem e afins;

e) Aumento na quantidade de mercadorias transportadas por caminhão. Ao diminuir o peso do implemento, obtêm-se uma margem maior de capacidade de carga antes de atingir os limites impostos pela legislação;

f) Redução do custo operacional: isso acontece quando se aumenta a capacidade de carga do veículo, transporta-se uma maior quantidade de itens e diminui o número de viagens necessárias para completar uma entrega;