Girls of Things
Sim, as garotas arrasam!
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- Elissa ou Alyssa Dido
- Elena Lucrezia Cornaro Piscopia (1646 – 1684)
- Maria Gaetana Agnesi (1718 - 1799)
- Caroline Lucretia Herschel (1750 – 1848)
- Mary Fairfax Somerville (1780 - 1872)
- Ada Lovelace (1815 – 1852)
- Florence Nightingale (1820 – 1910)
- Sofia Kovalevsky (1850 - 1891)
- Isabelle Guyon (1961)
Elissa ou Alyssa Dido

Conhecida nas biografias por Elissa ou Alyssa, Dido foi a primeira rainha de uma antiga cidade da Tunísia, chamada Cartago. Era filha do rei de Tiro Mattan I, e esposa do homem mais rico do reino, Siqueu. Com o falecimento do seu pai, o seu irmão, Pigmalião, subiu ao trono e a fim de obter as riquezas de Siqueu, o matou. Dido conseguiu fugir da cidade com amigos e seguidores, levando consigo as riquezas de Siqueu. Ao chegar na Costa do Mediterrâneo, no norte da África, decidiu por lá se estabelecer, e negociou a compra de terras com o Rei Jarbas, o qual ofereceu a pele de um touro e propôs que ela somente poderia comprar a quantidade de terra que conseguisse cercar com a pele fornecida. Dido providenciou o corte da pele em tiras estreitas, que contornou uma grande área circular que foi nomeada a cidade de Birsa. Essa história originou o "Problema de Dido", conhecido na Física Clássica, e consiste no seguinte enunciado: "Dada uma curva de comprimento finito, qual é a forma que esta curva deve ter para que a sua área seja máxima?". Posteriormente, em torno da cidade de Birsa, surge a cidade promissora intitulada Cartago, a qual se Dido se torna rainha. Com a chegada de Eneias e troianos a cidade, Dido os recebe com hospitalidade, e logo se apaixona por Eneias. Os dois vivem um romance, e quando o deus grego Júpiter nota que a missão de Eneias não estava sendo cumprida, envia o mensageiro Mercúrio para relembrá-lo de sua tarefa e continuá-la imediatamente. Dido não obteve sucesso para evitar a partida de Eneias e por esse motivo, tirou a sua própria vida.
Elena Lucrezia Cornaro Piscopia (1646 – 1684)

Nasceu durante a aristocracia veneziana, Elena procedeu a tradição de seus ascendentes masculinos, sendo um deles Leonardo DaVinci, durante o Renascimento na Itália. Desde cedo Elena se mostrava brilhante e talentosa, e com o incentivo de seu pai, que ocupava um alto cargo na República de Veneza, teve as melhores oportunidades de estudo. Aos 7 anos tinha domínio de idiomas como latim e grego, e ainda criança se tornou proficiente em francês, espanhol, hebraico e arábico. Com esses feitos, Elena recebeu o título de Oraculum Septilingue. Futuramente adquiriu competências musicais e de raciocínio e tinha grande paixão pelos temas de teologia e filosofia. Em 1672, seu pai a influenciou a ingressar na Universidade de Pádua, onde se tornou a primeira mulher da Europa a obter um diploma de doutorado em filosofia. Elena almejava aplicar a teologia no tema do seu doutorado, mas se obtivesse o grau de doutora na área seria permitida a pregar, o que era contra a posição do clero, e como alternativa ofeceram-a o doutorado em Filosofia. Seu trabalho despertou grande interesse do público e impressinou os examinadores. Após conquistar o título de doutora, em 1678, Elena lecionava a disciplina de matemática, realizava traduções e participava de sociedades e academias da Europa. Faleceu em 1684 em decorrência de uma tuberculose.
Maria Gaetana Agnesi (1718 - 1799)

Maria Gaetana Agnesi nasceu em Milão, na Itália e foi uma grande linguista, teóloga, filósofa e matemática. Seu pai, Pietro, era um homem de negócios e professor universitário de matemática, e a fim de instruir Agnesi da melhor forma, ofereceu a ela as melhores condições de aprendizagem. Aos 5 anos predominava italiano e francês, e aos 13 anos era fluente em hebraico, espanhol, alemão e latim. Por influência de seu pai, aos 9 anos de idade, Agnesi traduziu um discurso em latim para um evento acadêmico, no qual o tema era o direito das mulheres de receber educação. Agnesi também desempenhava o papel de educar e lecionar os seus irmãos. A obra matemática que possibilitou o sucesso e destaque do trabalho de Agnesi continha dois volumes e abordava os temas de álgebra, geometria, aritmética e cálculo infinitesimal; obra esta que relacionou os trabalhos de Isaac Newton e Gottfried Leibniz. Após o falecimento de seu pai, Agnesi se dedicou a caridade até o fim da sua vida. Agnesi foi a primeira mulher matemática a contribuir com pesquisas científicas, e a "Curva de Agnesi", uma das aplicações estudada pela mesma, é nomeada em sua homenagem.
Caroline Lucretia Herschel (1750 – 1848)

Caroline Hershel foi matemática e astrônoma autodidata. Nasceu em uma família de músicos alemães e era a filha mais nova e a única mulher entre seu irmãos. Seu pai, Isaak Herschel, ofereceu educação todos os seus filhos, treinando-os em música, francês e matemática. Todavia, sua mãe, Anna Ilse Herschel, preferia que a filha realizasse atividades voltadas ao lar e não achava necessário Caroline ser educada como seus irmãos; porém na ausência de sua mãe, o seu pai de Caroline a instruia nos seus estudos ou a incluia nas aulas de seus irmãos. Aos 10 anos, Caroline contraiu febre tifóide, doença que causou a perda de visão no olho esquerdo e impediu seu crescimento. Viveu com os seus pais até os 22 anos, quando se mudou para a Inglaterra para morar e auxiliar o seu irmão, William Herschel, como ajudante doméstica. William era tocador de órgão e professor de música, e ensinava a Caroline matemática e canto. Futuramente Caroline auxiliava William em apresentações, até que conseguiu seguir sua própria carreira. William, em seu tempo livre, estudava astronomia, e decidiu se dedicar totalmente a área, abandonando a carreira musical. Caroline apoiou a decisão de seu irmão e desempenhava o papel de assistente, auxiliando o seu irmão em suas observações, trabalhos e no desenvolvimento de telescópios. Ambos trabalhavam em formulações matemáticas astronômicas, e Caroline desenvolveu grande paixão e aptidão a astronomia, o que a motivou a realizar suas próprias descobertas. Em 1781, William realizou o descobrimento o planeta Urano, descoberta esta que lhe garantiu o cargo de Astrônomo da Corte do Rei Jorge III. No ano de 1787, Caroline foi contratada como assistente de seu irmão, sendo a primeira mulher a ser remunerada por serviços científicos. Entre 1786 e 1797, Caroline evidenciou a existência de cometas, identificando oito deles. Após este importante acontecimento, Caroline conseguiu a sua almejada independência. William faleceu em 1822, e após ocorrido, Caroline se mudou para Alemanha e continou o seu trabalho de documentar suas descobertas e de William; registros que são utilizados até hoje. Recebeu a medalha de ouro na Sociedade Real de Astronomia, foi uma das primeiras mulheres a ser membro honorária da Sociedade Real por seus feitos científicos e também é considerada a mulher que mais contribuiu para o avanço da astronomia.
Mary Fairfax Somerville (1780 - 1872)

Mary Somerville, nascida na Escócia, foi uma importante escritora científica, astrônoma e matemática. Também foi premiada pela Royal Astronomical Society junto com Caroline Herschel. Seu pai, William George Fairfax, era oficial da marinha, o que o tornava ausente do cotidiano de Mary, e sua mãe, Margaret Charters, assumia responsabilidade de sua educação. Margaret não achava necessário Mary ser educada, tanto que somente a ensinou a ler mas não a ensinou a escrever. Aos 10 anos, o pai de Mary a enviou para uma escola privada de meninas em Musselburgh. Quando retornou para sua casa, criou grande gosto pela leitura, o que gerou incômodo em sua família que não enxergava seu o interesse intelectual com bons olhos. Posteriormente Mary foi enviada para uma escola em Burntisland onde aprendeu a bordar. Seu tio, Thomas Somerville, a estimulou a estudar, colaborando no ensino de latim. Mary tinha aulas com com o artista plástico Alexander Nasmyth, até que certo dia ouviu a conversa dele com outro aluno, em que Alexander dizia que o livro Elementos de Euclides era base para o entedimento de perspectivas assuntos relacionados a matemática e ciência. Tal conversa despertou grande interesse em Mary na matemática. O tutor de seu irmão notou a facilidade de Mary e contribuiu para o seu aprendizado. Aos 24 anos se casou, porém seu marido não apoiava o interesse de Mary em suas pesquisas. Após de 3 anos de casamento, Mary se tornou viúva e deu continuidade ao seu cotidiano científico. Anos depois se casou com com o filho de seu tio Thomas, William Greig Somerville, o qual apoiava sua a carreira. Entre 1816 e 1817, Mary e William tinham contato com importantes astrônomos e matemáticos. Nesse período, Mary motivou Ada Lovelace em seus estudos. Em 1826, Mary publicou o seu primeiro trabalho: As Propriedades Magnéticas dos Raios Ultravioleta do Espectro Solar. No ano seguinte, Mary trabalhou na tradução do escrito de Laplace, Mecânica Celeste, trabalho este que superou espectativas, pois além de realizar uma difícil tradução, Mary adicionou explicações e comentários plausíveis do método do matemático. Mary realizou inúmeras contribuições a ciência, como o uso das variáveis padrão XYZ, pistas para a descoberta do planeta Netuno e a invenção da Geografia Moderna. Entre diversas condecorações e conquistas, até o fim de sua vida Mary estudou e defendia o direito das mulheres de votar e estudar.
Ada Lovelace (1815 – 1852)

Ada Augusta Lovelace foi uma matemática e escritora inglesa, reconhecida por desenvolver o primeiro código a ser processado em uma máquina. Ada era filha do poeta Lord Byron e da matemática Anne Isabella Milbanke. O breve casamento entre seus pais foi interrompido por traições de Lord Byron, e logo após o nascimento de Ada, Anne resolveu se separar de seu marido. Após quatro meses, Lord Byron deixou a Inglaterra, sem reconhecer a filha e quando Ada tinha 8 anos, faleceu durante a Guerra de Independência da Grécia. Sua mãe dirigiu toda a rigorosa educação de Ada, levando-a a se interessar por matemática e ciência, com o intuito de que Ada não desenvolvesse interesses e comportamentos que remetessem ao seu pai. Ada demonstrou e desenvolveu grande talento matemático. Aos 17 anos, com a colaboração e incentivo de Mary Somerville – conhecida astrônoma e matemática – Ada conheceu o inventor da máquina analítica, Charles Babbage. Ada se fascinou pelo trabalho de Charles e logo se tornaram amigos. Por meio de Charles, que notou o seu potencial, Ada teve aulas de matemática avançada com Augustus de Morgan na Universidade de Londres. Aos 20 anos se casou com William Lord King e três anos depois se tornou Condessa de Lovelace. Em 1843, Ada finalizou a tradução do escrito do engenheiro italiano Luigi Federico Menabrea sobre a máquina analítica de Charles, com anotações adicionais escritas por ela e assinadas como AAL (Ada Augusta Lovelace). Nessas anotações, Ada descrevia como desenvolver códigos para a máquina interpretar dados como números e letras, fundamentou o conceito que hoje conhecido como laços de repetição - ou subrotinas - e desenvolveu o primeiro algoritmo a ser executado em uma máquina para computar a sequência de Bernoulli; evidenciações que reconhecem Ada como a primeira programadora da história. Infelizmente, Ada recebeu pouca atenção de seu trabalho e a máquina analítica foi completamente construída após sua vida. Faleceu aos trinta e seis anos de câncer e a seu pedido, foi enterrada ao lado de seu pai. Mais de cem anos depois, suas notas foram republicadas. A máquina analítica de Charles Babbage foi constatada como o primeiro modelo de computador e suas anotações como a descrição de um computador e software. A linguagem de programação ADA foi nomeada em sua homenagem.
Florence Nightingale (1820 – 1910)

Florence nasceu na Florença, Itália, em 1820 e realizou grandes feitos, pioneiros no campo de enfermagem. Era a irmã mais nova de duas irmãs, e todas elas foram nomeadas com referências as cidades italianas que nasceram. Sua mãe pertencia a uma família de mercadores e seu ciclo social era formado por pessoas da elite. Seu pai, Willian Edward Nightingale, era proprietário de terras e tinha ideais progressistas sobre a evolução da sociedade. A educação de Florence foi desenvolvida no ambiente domiciliar, aprendendo sobre matemática, ciências, filosofia, religião, música e idiomas como francês, alemão e italiano. Florence, desde nova, ajudava pobres e doentes do vilarejo vizinho de onde residia. Aos 14 anos, comunicou a decisão de se tornar enfermeira para os seus pais. A declaração não foi aprovada por seus eles; a ocupação de enfermeira era mal vista na época pois eram associadas a pessoas de classes pobres, que não tinham habilidades ou que possuiam atitudes imorais como alcoolismo, roubo e indisciplina. Determinada, Florence visitou hospitais pela Europa e conheceu condições e tratamentos médicos. A partir dessas experiências, notou ambientes e circunstâncias precárias para os doentes e feridos. No fim de 1854, Florence recebeu uma proposta do Ministro da Guerra, Sidney Herbert, para atender os feridos na Guerra da Criméia e montou um time de 38 mulheres. Com um trabalho árduo, Florence providenciou melhores condições e adaptações para os seus pacientes, e foi nomeada como a "dama da noite" pois realizava atendimentos no período da noite com uma lâmpada. Depois da guerra, Florence foi reconhecida como heroína e ganhou a admiração do povo britânico. A área de enfermagem começou a ser reconhecida. Aos 38 anos, contraiu a febre tifóide, doença que impediu Florence de realizar trabalhos físicos. Mesmo com essa restrição, Florence se dedicou a causas para da sáude e na formação de escolas e universidades de enfermagem. Em 1869, contribuiu para a área Estatísica quando publicou um livro e usou a representação de gráficos em pizza para defender a melhoria de condições sanitárias em hospitais de guerras. Florence realizou inúmeras contribuições, sendo a primeira mulher a receber a Ordem de Mérito da Cruz Vermelha Real que foi entregue pela Rainha Vitória e o Dia Internacional da Enfermagem é comemorado na data de seu nascimento. Faleceu aos 90 anos.
Sofia Kovalevsky (1850 - 1891)

Sofia Kovalevsky foi uma matemática e escritora russa. Foi a primeira mulher a ocupar um cargo na Academia de Ciências da Rússia, e também a conseguir o grau de doutorado na área matemática na Europa. Suas principais contribuições foram no campo de derivadas parciais e funções abelianas. Seus pai, Vasily Kórvin-Krukovsky, era um general de artilharia e junto a sua mãe, Yelizaveta Shubert, faziam parte da nobreza russa. Sofia foi educada rigorosamente por governantas e tutores. Desde jovem, Sofia demonstrava grande interesse em matemática. Seu tio a impulsinou a se interessar por matemática, e posteriormente seu vizinho Tyrtov, que havia escrito um livro de física, notou o talento de Sofia e convenceu seu pai a colaborar com os seus estudos. Com a aspiração de ingressar em uma universidade, Sofia se casou por conveniência com o paleontólogo Vladimir Kovalevsky para obter autorização para sair do país. Em 1869 realizou tentativas para ter a possibilidade de estudar em uma universidade, mas pessoas do gênero feminino não eram aceitas e somente podiam assistir aulas com a permissão dos professores. Entre 1870 e 1874 teve aulas particulares com o matemático Karl Weierstrass. Em 1874, Sofia publicou três trabalhos inéditos que tiveram grande destaque e que possibilitaram a obtenção do grau de doutora, sendo abordado os temas de: equações diferenciais, anéis de Saturno e equações elípticas. Mesmo com o diploma de doutora, Sofia enfrentou dificuldades para ingressar na área acadêmica por não aceitar mulheres. Após 15 anos casada com seu marido, Vladimir cometeu suicídio. Tal fato fez com que Sofia se dedicasse mais em seus objetivos. Posteriormente, em 1883, Sofia recebeu um convite para trabalhar temporariamente na Universidade de Estocolmo, e lá trabalhou por 5 anos. Começou a lecionar cursos, ministrar palestras, e gradativamente ganhou a atenção de seus trabalhos. Em 1888 um ganhou o prêmio da competição promovida pela Academia Sueca de Ciências por apresentar um trabalho sobre a rotação do corpo rígido em torno de um ponto. No ano seguinte foi premiada pela Academia de Ciências da França. Em 1889, faleceu devido a complicações de uma gripe.
Isabelle Guyon (1961)

Isabelle Guyon é professora titular na Universidade de Paris-Saclay e presidente da ChaLearn, organização sem fins lucrativos que estimula o estudo de machine learning. Isabelle é internacionalmente conhecida por ser co-criadora do SVM (Support Vector Machine) e por suas contribuições em análise de dados, reconhecimento de padrões e aprendizado de máquina. Em 1989, com os seus orientadores de doutorado, Isabelle comparou redes neurais com métodos de kernel. No mesmo ano, os físicos Marc Mezard e Werner Krauth publicaram um artigo sobre um algoritmo chamado minover que atraiu sua atenção e a motivou a começar a trabalhar nesse tipo de algoritmo que é conhecido como optimal margin. Trabalhou com Vladimir Vapnik, que havia desenvolvido um algoritmo optimal margin em 1960 e este código foi implementado pelo marido de Isabelle, Bernhard Boser. Obtendo sucesso nesta fase, Vladimir propôs que fosse inserido características de produtos, mas Isabelle sugeriu usar o truque de kernel do algoritmo potential function que possibilitou a criação do SVM, método de classificação de dados que apresentou grande utilidade e colaboração na área biomédica. Seus trabalhos são referência e os mais citados na área de machine learning.